segunda-feira, 26 de maio de 2014

Caros leitores,
A partir dos conteúdos de genética e das discussões no curso de biotecnologia sobre temas que abordam questões como o projeto genoma, terapia gênica, clonagem, aconselhamento genético e diagnostico pré-natal, o filme “GATTACA a experiência genética” irá nos remeter a um momento de reflexão sobre até onde as descobertas científicas e as praticas de manipulação do DNA podem nos levar. Será que os conhecimentos científicos e a biotecnologia estão sendo benéficos para a nossa atual sociedade? Até que ponto isto é verdadeiro? Será que as revelações sobre o genoma humano serão realmente válidos para homens? Quais são as questões implícitas nestas descobertas? Estas e outras questões surgirão no decorrer do filme, pois, precisamos cada vez mais parar para refletir, questionar e saber até onde precisamos ir com a genética molecular.

Sinopse
Gattaca – Experiência Genética
Título original: (Gattaca)
Lançamento: 1997 (EUA)
Direção: Andrew Nicco;
Atores: Ethan Hawke, Uma Thurman, Jude Law, Gore Vidal
 Duração: 112 minutos
Gênero: Ficção Científica
Status: Arquivado

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Num futuro no qual os seres humanos são criados geneticamente em laboratórios, as pessoas concebidas biologicamente são consideradas “inválidas”. Vincent Freeman (Ethan Hawke), um “inválido”, consegue um lugar de destaque em corporação, escondendo sua verdadeira origem. Mas um misterioso caso de assassinato pode expor seu passado.





Perguntas:

11.      O filme começa com uma frase bíblica: “vejam a obra de Deus: quem pode endireitar  o que Ele fez torto?” Eclesiastes 7:13
“Não só acho que devíamos interferir na mãe natureza, como acho que é isso que Ele deseja”. Williard Gallin.
Pare e reflita sobre as frases mencionadas acima. Faça um comentário com argumentações a favor ou contra as mesmas.

Reflexão: Não podemos endireitar o que Deus fez torto, mas porem podemos interferir na natureza aperfeiçoando-a, como é dito na frase de Williard Gallin. Pois, como também é dito na bíblia, Deus fez o homem a sua própria imagem para que ele dominasse sob tudo aquilo que há na terra, então isso mostra que o homem tem direito de interferir na natureza e, modifica-la e aperfeiçoa-la. E por conta das interferências realizadas e que estão em andamento,  hoje a sociedade está em constante evolução.



22.      a) “O asseio é santificado”. Está frase é dita no filme por Vincent em seu ambiente de trabalho. Faça um comentário a respeito da mesma.

Comentário: Como é mostrado no filme, para Vincent era muito perigoso deixar uma célula ou qualquer resquício em seu ambiente de trabalho, na qual poderia ser extraído o seu material genético.   Vincent era um “invalido”, o que significa que foi gerado através da relação sexual, e já que na época que se passa o filme somente os “válidos”, aqueles que foram gerados através de concepção artificial, conseguiam cargos importantes na empresa, ele se passa por outro homem que era “válido”, para conseguir um alto cargo, e para isso Vincent adquire hábitos necessários para sustentar esta identidade, tais como esfoliação constante, limpeza dos objetos onde toca para eliminar ao máximo os resquícios do corpo "inválido" como fios soltos, unhas e pele.

             b) “O currículo são as minhas células”. Relacione essa frase com a questão da privacidade humana.


Relação: Como é mostrado no filme, as pessoas são escolhidas através do material genético, tirando a privacidade delas, já que não é necessário no ambiente de trabalho saber a genética da pessoa. No curriculum convencional, tem impresso os nossos trabalhos, onde estudamos, experiências etc. Nas células,  tem o DNA, onde ficam guardados os nossos dados, como somos, a cor dos cabelos, doenças que vamos ter etc. E saber do nosso “curriculum das células” pode excluir uma pessoa por ter probabilidade de ter alguma doença, e isso acaba fugindo do foco do trabalho, pois não convém misturar assuntos pessoais, sendo que o importante é saber se a pessoa faz o trabalho direito.


Glossário:
Eugenia:
           O termo Eugenia foi criado por Francis Galton (1822-1911), que o definiu como:
O estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.
Alpinista social:
 É um termo que se refere a indivíduos que investem em relacionamentos com pessoas de maior poder aquisitivo com o objetivo de chegar as classes sociais mais altas e gozar de riqueza.
Asseio:
Limpeza, higiene, perfeição, apuro.



terça-feira, 13 de maio de 2014

De forma simplificada: obtenção de células-tronco



Células-tronco humanas conseguem regenerar coração de macaco

Tratamento foi capaz de regenerar 40% de tecido danificado por infarto.
Resultado traz esperança de que estratégia possa ser usada em humanos.


Células de fibras musculares cardíacas produzidas a partir de células-tronco embrionárias humanas foram capazes de estimular a recuperação de corações infartados de macacos. Esse resultado, descrito em um artigo publicado nesta quarta-feira (30) na revista científica “Nature”, representa uma esperança de que uma estratégia semelhante possa ser bem sucedida também em humanos.
Até então, o método havia sido testado com sucesso apenas em mamíferos menores, como camundongos e ratos. “Antes deste estudo, não se sabia se era possível produzir um número suficiente dessas células e usá-las para regenerar músculo cardíaco danificado em um animal grande, cujo coração tem tamanho e fisiologia similares aos dos humanos”, diz o cientista Charles Murry, professor de patologia e bioengenharia da Universidade de Washington e um dos autores da pesquisa.
Para testar a terapia, Murry e sua equipe induziram um tipo de infarto no coração de sete macacos, bloqueando a artéria coronária dos animais por 90 minutos. Os animais estavam anestesiados durante o processo. Duas semanas após o infarto induzido, os pesquisadores injetaram no coração de cada macaco um bilhão de células musculares cardíacas derivadas de células-tronco embrionárias humanas. Todos tinham recebido terapia imunossupressora para evitar a rejeição das células humanas transplantadas.
O resultado foi que as células injetadas se integraram ao tecido danificado pelo infarto e começaram a apresentar batimentos em sincronia com as células cardíacas do animal. O tratamento conseguiu, em média, uma regeneração de 40% do tecido cardíaco danificado. Em alguns dos macacos, a estratégia resultou em uma maior capacidade de bombear sangue. Foi verificado também que vasos sanguíneos cresceram através do tecido cardíaco novo, derivado das células humanas.
“Os resultados mostram que nós podemos agora produzir o número de células necessário para terapia humana e obter a formação de músculo cardíaco novo em uma escala que é relevante para melhorar a função do coração humano”, disse o pesquisador Michael Laflamme, também professor da Universidade de Washington.
Os próximos objetivos da pesquisa serão reduzir o risco de arritmias – observadas nos macacos estudados – e demonstrar definitivamente que o tratamento com células-tronco é capaz de aumentar a capacidade de bombeamento do coração.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/04/celulas-tronco-humanas-conseguem-regenerar-coracao-de-macaco.html

Médicos de Rio Preto fazem transplante de células tronco inédito

Sucesso do procedimento abre precedentes para mais pacientes.
Dona de casa tinha doença rara e conseguiu se recuperar com a cirurgia.


Médicos de São José do Rio Preto (SP) realizaram uma cirurgia inédita no Brasil: o primeiro transplante de células tronco em uma paciente que sofre com uma doença grave, que não tem cura. O sucesso do procedimento abre precedentes para que mais pessoas sejam beneficiadas por essa inovação na medicina.
Há quatro anos a dona de casa Gisele Hidalgo foi diagnosticada com a doença de Crohn. A jovem que sempre foi saudável começou a sentir dores fortes, perdeu peso e teve que abandonar o trabalho. “No começo trabalhei bem doente, mas era impossível suportar a dor, até em casa era difícil lavar um copo, eu não tinha expectativa de vida”, afirma Gisele.
A doença inflamatória que Gisele teve é muito grave e afeta o aparelho digestivo, principalmente o intestino grosso e o delgado. Na maioria dos casos, o uso de medicação é a primeira opção de tratamento. A dona de casa tomou vários remédios, até que nenhum deles fazia mais efeito. O médico Roberto Luiz Kaiser Júnior, que cuida dela, então propôs uma alternativa. “Não tínhamos mais outra opção de tratamento, foi quando conversamos com o doutor Milton e acabamos tendo a ideia de fazer o transplante na Gisele”, diz Kaiser Júnior.
O hematologista, especialista em transplante de medula óssea, Milton Ruiz foi o médico responsável pelo procedimento. “Essas células são manipuladas e depois de uso de alguns medicamentos que reduzem a defesa da paciente você recoloca essas células”, explica o hematologista.
Foi em um hospital de Rio Preto que os médicos fizeram a cirurgia, inédita no Brasil. Até então, o transplante de medula óssea nunca havia sido realizado em pacientes com a doença de Crohn. O procedimento já é comum nos Estados Unidos e agora pode se tornar esperança para brasileiros que sofrem com a doença e não respondem mais ao tratamento com medicação.
Oito meses depois da operação, Gisele leva uma vida normal, ganhou peso, consegue cuidar das tarefas domésticas e retomou projetos que estavam parados há bastante tempo. “Me sinto muito bem, consigo fazer todas as minhas atividades, não tinha vida social, profissional e agora consigo fazer tudo”, afirma.
Mas para conseguir tudo isso não foi nada fácil, ela teve que entrar na Justiça para que o plano de saúde fosse obrigado a pagar os custos do transplante. Como esse tipo de procedimento ainda é novidade para pacientes com a doença de Crohn, por enquanto no Brasil, nem o SUS, nem convênios particulares cobrem a cirurgia.
O estudante Igor Spegiorin tem a doença de Crohn e depois de uma fase crítica, hoje ele leva vida normal. Faz tratamento com remédios e ficou muito feliz em saber que já existe outra possibilidade para pessoas que sofrem com esse problema. “Ainda bem se não fosse assim é difícil conviver com a dor, não dá para viver não”, diz Igor.

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2014/05/medicos-de-rio-preto-fazem-transplante-de-celulas-tronco-inedito.html

Células tronco: Tipos, Curiosidades e doenças beneficiadas

Tipos

As células-tronco podem ser classificadas em totipotentes, quando conseguem se diferenciar em todos os tecidos do corpo humano, e pluripotentes ou multipotentes, quando são capazes de se transformar em quase todos os tecidos, exceto placenta e anexos embrionários. Células-troncooligotentes diferenciam-se em poucos tecidos, células-tronco unipotentes se trasformam em um único tecido.
Essas estruturas podem ser divididas, de acordo com a origem, basicamente em células-tronco derivadas de tecidos embrionários (somáticas) e células-tronco derivadas de tecidos não-embrionários (adultas). Células-tronco pluripotentes poderiam, teoricamente, derivar de qualquer célula humana.
Células-tronco embrionárias são aquelas que formam o interior do blastocisto, um aglomerado celular que dará origem a tecidos e órgãos necessários ao desenvolvimento do feto. A maioria das pesquisas atuais utiliza este tipo de célula-tronco para produzir mais células-tronco, que podem ser congeladas e divididas em laboratório. Posteriormente, são divididas e estimuladas para se tornarem células ou tecidos especializados.
Células-tronco adultas são células indiferenciadas encontradas no meio de células diferenciadas que compõem as estruturas do corpo. Elas têm a função de renovar e reparar os tecidos do corpo. Acredita-se que residam em nichos dos tecidos, algumas nas camadas externas de pequenos vasos sanguíneos, onde permanecem sem se dividir até que isso seja necessário.
Por existirem em quantidades reduzidas no corpo e pela dificuldade que apresentam para se dividir em relação às embrionárias, a produção em laboratório desse tipo de célula-tronco é limitada. Mesmo assim, cientistas desenvolvem a cada dia novos métodos para incrementar a cultura e manipulação destas células para utilização em tratamentos de lesões ou doenças.
Células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) são células adultas que foram geneticamente reprogramadas para o estágio de células-tronco embrionárias. Estudos estão sendo realizados para avaliar como a técnica poderia ser utilizada de forma segura em seres humanos. Em animais, a introdução de fatores de reprogramação celular com vírus pode, eventualmente, desencadear tumores. Entretanto, a estratégia parece promissora na medida em evitaria, teoricamente, a rejeição.

Curiosidades

Há cinco décadas o pesquisador Leroy Stevens descobriu um tumor no saco escrotal de um rato de laboratório. Ao examinar o animal, identificou vários tecidos, incluindo dentes e cabelos. A partir desta constatação, traçou a origem do tumor e deu início ao estudo das células-tronco.
Somente 30 anos mais tarde, cientistas norte-americanos e ingleses conseguiram isolar células-tronco embrionárias a partir do blastocisto de um roedor. Em 1998, duas equipes independentes anunciaram o isolamento de células-tronco embrionárias humanas.
Em 2008, uma equipe anunciou a criação de um coração usando células-tronco de ratos e tecidos próprios do animal, como vasos sanguíneos e válvulas. Contudo, o órgão batia apenas com 2% da potência normal. Em julho de 2010, cientistas anunciaram a criação de um pulmão de rato “artificial” com células-tronco. O tecido funcionou apenas duas horas, pois coágulos de sangue se formaram.
Recentemente, pesquisadores dos Estados Unidos descobriram uma forma de produzir quantidades aparentemente ilimitadas de células-tronco adultas em laboratório. A equipe descobriu que células endoteliais – os blocos básicos do sistema vascular – produzem fatores de crescimento que induzem o crescimento de culturas de células.
Mesmo diante da possibilidade de produção de células-tronco em grandes quantidades, muitas mães doam o sangue do cordão umbilical do filho que nasceu para bancos de células-tronco, já que ali se encontra um grande número de células-tronco hematopoiéticas. A ideia é que esse material fique disponível para ser usado no futuro por alguma pessoa compatível, para tratar doenças como leucemia.

Doenças beneficiadas

Câncer (reconstrução de tecidos e entendimento da divisão anormal de células)
- Doenças Cardíacas (renovação do tecido)
- Degeneração macular (reposição de células ou tecido da retina)
Diabetes (injeção de células produtoras de insulina)
- Doenças autoimunes (reposição de células do sangue)
Doença pulmonar (crescimento de novo tecido)
- Esclerose múltipla (reposição de células cerebrais)
- Lesões na medula (reposição de células neurais)
- Mal de Parkinson (reposição de células cerebrais)
- Mal de Alzheimer (reposição das células cerebrais)
- Osteoartrite (reconstrução do tecido)
Osteoporose (reposição de células)
Fonte: http://saude.ig.com.br/celulastronco/

O que são células tronco?


Células-tronco são células mestras que têm a capacidade de se transformar em outros tipos de células, incluindo as do cérebro, coração, ossos, músculos e pele. Ela pode se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo. Esta é uma capacidade especial, porque as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico (por exemplo: células da pele só podem constituir a pele).
As células-tronco também podem gerar cópias idênticas de si mesmas. Essa capacidade chama-se auto-replicação.
Por essas razões, as células-tronco são objetos de intensas pesquisas. No futuro, a previsão é que se possa usar para substituir tecidos lesionados ou doentes, como nos casos de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares em geral, ou ainda no lugar de células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, como no caso de diabetes.

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/o-que-sao-celulas-tronco/